terça-feira, 7 de junho de 2011

Qualificação no contexto da Globalização

 Em um mundo globalizado em que procuramos sempre ficar atualizados, correndo atrás de cursos de qualificação Profissional ainda existe este questionamento:

- Questiona-se se a força produtiva tem se tornado descartável, se os atuais avanços tecnológicos tem dado nova qualificação para os trabalhadores; indaga-se se o trabalho diminuiu de importância na vida das pessoas, se o trabalho vem exigindo um perfil de escolaridade mais complexo como o politécnico ou se apenas um perfil polivalente e por fim, se as novas formas de organização do trabalho, baseadas nos avanços tecnológicos têm permitido um alargamento da base de conhecimentos dos trabalhadores.

A angústia vivida por grandes contingentes de trabalhadores,praticamente no mundo todo, vem da constatação da degradação acelerada das condições de vida: “(...)
Ressurgimento e permanência do desemprego, precariedade das condições de existência, destruição da proteção social, ressurgimento da fome ou, mesmo onde não há fome, novas epidemias (...)” (CHESNAIS,

A essa base produtiva correspondem processos de trabalho flexíveis e flexibilização das funções.
Essa flexibilização (trabalho e funções) traz a possibilidade de uma redução dos níveis de divisão e fragmentação do trabalho, pois oportuniza a intercambialidade de funções favorece a polivalência, com novo perfil de qualificação da força de trabalho. Em linhas gerais pode-se afirmar que estão postas as necessidades de: posse de escolaridade básica, compreensão global de um conjunto de tarefas e elevação da capacidade de abstração e de seleção e trato de informações.

Quanto à qualificação do trabalhador, se é verdade que dentro da nova base técnica, encontram-se elementos novos que apontam para a recuperação do controle do saber na produção, a polivalência exigida do trabalhador tem sido, simplesmente, trabalho mais variado, e não tem obrigatoriamente significado intelectualização do trabalho. É suficiente, para ser um trabalhador flexível e polivalente, o recurso aos conhecimentos empíricos disponíveis no ambiente de trabalho, permanecendo a ciência como algo que lhe é exterior e estranho.


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