As eleições municipais de 2012 vão ser realizadas nos dias 7 e 28 de outubro. A decisão das datas do primeiro e segundo turno foi tomada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). |
Na moda da nova formação da política nacional, as eleições prometem em 2012, fazer do Brasil um país mais democrático, elegendo futuras vereadoras e prefeitas. Depois de conseguir o direito ao voto, a mulher a cada eleição que se passa mostra seu poder de liderança, mais espaços na sociedade, mostrando que são capazes de até tomarem conta de nosso país.
Em 2012, enfrentaremos, novamente, o desafio das urnas nos pleitos municipais, quando serão eleitos mais de 5 mil prefeitos e mais de 55 mil vereadores, por todo o País. Sendo assim, ao se aproximar este momento em que a sociedade terá a oportunidade de reciclar seus representantes nos centros de decisão e de poder, uma questão diretamente ligada a nós, mulheres da política, vem à tona: a efetiva participação feminina no processo, merecedora de atenção especial, para o aprimoramento do sistema político-partidário brasileiro.
O fato é que, apesar dos notórios avanços em todos os setores da sociedade moderna, em que temos ocupado nossos espaços com muita competência e perseverança, o engajamento no campo político-partidário ainda é aquém das expectativas, não condizendo, inclusive, com a maioria da população do País, que é predominantemente feminina. Pelo Censo 2010, 51% do povo brasileiro são mulheres e 49%, homens. Esta proporcionalidade não se reflete nos Legislativos e nem nos Executivos, pelo País afora.
A entrada da mulher na política demanda algo imensurável: o tempo. Temos que dividir nossas vidas entre o trabalho, a carreira e a família. A mulher acumula duas, três ou quatro jornadas de trabalho. A grande discussão, no entanto, é: o que fazer para mudar este quadro? Alguns avanços foram introduzidos, como a inclusão de cotas mínimas para mulheres nos partidos, mas nem isso a maioria das agremiações consegue completar. E o que não faltam são líderes e personalidades femininas, pois muitas entidades da sociedade civil têm mulheres no comando, bastando despertar nestas o interesse e engajamento político.
Apesar dos avanços nas últimas décadas, a situação da mulher continua desigual em muitos setores, em especial na política. Dos 192 países, só 12 têm uma mulher como chefe de Estado. No Brasil, apesar de representarem 52% do eleitorado, o total de mulheres eleitas não chega a 30% dos cargos.